Fisioterapia ou Psicoterapia: Qual Ajuda Mais na Dor Sexual?

Fisioterapia ou Psicoterapia: Qual Ajuda Mais na Dor Sexual?

Sentir dor durante a relação sexual ainda é um tabu, mas, ao contrário do que se imagina, esse incômodo está mais presente na vida de muitas mulheres do que se fala por aí. Sabe aquele desconforto que você até tenta explicar, mas nem sempre encontra palavras? Pois é. Ele pode ter origem física, emocional, ou, muitas vezes, uma combinação dos dois universos. Nesse cenário, surge uma dúvida: fisioterapia ou psicoterapia — qual caminho seguir?

Procure entender a dor, não apenas tratar os sintomas.

A Dra. Andressa Soares, especialista em saúde íntima e em fisioterapia pélvica para mulheres, observa diariamente em consultório quantas histórias, expectativas e até frustrações estão escondidas por trás da dor sexual. E, claro, saber qual abordagem escolher é o primeiro passo para recuperar o bem-estar e a qualidade de vida.

O que é dor na relação sexual?

Antes de comparar os caminhos terapêuticos, é preciso entender que a dor sexual feminina não tem só uma face. Ela pode ser sentida de várias formas:

  • Tensão ou ardor na entrada da vagina
  • Dor profunda durante a penetração
  • Sensação de "rasgar"
  • Queimação pós-relação
  • Desconforto associado à ansiedade e medo

Condições como vaginismo, vulvodínia, dispareunia e dor pós-parto têm características distintas. E cada uma pode requerer uma abordagem singular, ou até mesmo combinada.

Fisioterapeuta avaliando paciente com dor abdominal feminina Quando a causa é física

Imagine alguém que sente um aperto muscular involuntário ao tentar a penetração. Essa reação, típica do vaginismo, muitas vezes tem origem física, envolvendo músculos do assoalho pélvico que não relaxam. O mesmo acontece na dor pós-parto, na endometriose ou até após cirurgias ginecológicas.

Aí, a fisioterapia pélvica surge como protagonista do cuidado. Segundo revisão sistemática da Revista Médica de Minas Gerais, recursos como cinesioterapia, TENS e treinamento do assoalho pélvico contribuem para redução significativa da dor, embora a escolha da técnica ideal ainda gere discussão entre os especialistas.

Outros estudos, como o publicado na FACSETE Health Sciences, indicam que mulheres com endometriose apresentam melhora da função sexual e da dor após fisioterapia. A revisão do PEDro reforça que, nas disfunções sexuais como a dispareunia, a fisioterapia reduz a dor e melhora a qualidade de vida, ainda que o impacto sobre a função sexual seja mais tímido. E talvez você se pergunte: o que é realmente função sexual, nesse contexto? Podemos falar, por exemplo, de prazer, lubrificação, desejo e satisfação.

Aqui, cinesioterapia, biofeedback, liberação miofascial e até eletroterapia são recursos bastante usados, como destaca análise publicada na Acta Fisiátrica. Em geral, a fisioterapia pélvica é mais indicada nas seguintes situações:

  • Dor com origem muscular (espasmos, tensão, fraqueza pélvica)
  • Disfunções pós-parto, cirurgias ginecológicas ou traumas locais
  • Endometriose e seus impactos na relação sexual
  • Vaginismo e dispareunia diagnosticados por ginecologista ou fisioterapeuta
  • Alterações anatômicas detectáveis
Se tem algo que incomoda seu corpo, o corpo precisa ser escutado.

Quando a dor tem origem emocional

Agora, imagine alguém que não apresenta alterações detectáveis na avaliação física, mas sente ansiedade, medo intenso, vergonha ou até uma aversão sem explicação ao contato sexual. Experiências traumáticas, tabus, dificuldades de comunicação com o parceiro e até medo de sentir dor podem desencadear ou perpetuar o quadro.

Nesse cenário, a psicoterapia, principalmente abordagens focadas em sexualidade, pode ser o melhor primeiro passo. Em situações de dor sem causa aparente, onde sentimentos e emoções pesam mais, o apoio psicológico é valioso.

Mesmo estudos focados na sexualidade masculina, como a metanálise da ReP USP, mostram que a psicoterapia de grupo pode promover mais adesão ao tratamento e melhores resultados que só o uso de medicamentos. Se, no caso das mulheres, sintomas como ansiedade, insatisfação corporal, baixa autoestima ou histórico de abuso estiverem presentes, a psicoterapia pode abrir portas para o autoconhecimento e para a superação da dor.

Então, quando considerar psicoterapia?

  • Dor sem alteração física detectável
  • Medo intenso, ansiedade ou bloqueios emocionais
  • Histórico de abusos ou traumas sexuais
  • Dificuldades de aceitação do próprio corpo
  • Conflitos no relacionamento afetivo
  • Quadros de desejo sexual hipoativo sem explicação orgânica (como detalhado em abordagens para desejo sexual hipoativo)

Terapeuta acolhendo paciente em consulta sobre sexualidade feminina Quando a dor é mista: o mais comum

A verdade é que, para a maioria das mulheres, a dor sexual tem causa mista. Já viu aquela situação em que o desconforto físico gera medo, o medo aumenta a tensão, a tensão piora ainda mais a dor e a sensação negativa se reforça, criando um ciclo quase sem fim?

Nesses casos, não existe uma regra geral. O tratamento combinado, unindo fisioterapia e psicoterapia, costuma trazer os melhores resultados. Cada mulher precisa ser olhada de maneira única — exatamente como propõe o projeto da Dra. Andressa Soares —, pois a abordagem centrada na escuta, acolhimento e avaliação criteriosa faz toda a diferença.

  • Fisioterapia entra desacelerando o corpo e tratando a resposta física
  • Psicoterapia ressignifica pensamentos, emoções e dá voz ao sofrimento

Em situações como dor após o parto (veja detalhes sobre a fisioterapia nestes casos), o apoio emocional pode ser tão necessário quanto a reabilitação dos músculos. E sempre que houver dúvida, o diagnóstico conjunto, com profissionais qualificados, é a luz no caminho.

Tudo começa com um diagnóstico acolhedor.

Como escolher o melhor tratamento?

Não existe uma regra fechada. Um desconforto leve e pontual pode se resolver com orientação. Mas sintomas persistentes, dores que impedem relações ou que modificam o estado emocional merecem avaliação. E aqui, alguns sinais de alarme mostram prioridade para uma ou outra abordagem:

  • Priorize fisioterapia: dor na penetração desde a primeira tentativa, incômodo ligado ao parto, histórico de cirurgias pélvicas, presença de cicatrizes ou tensão muscular visível.
  • Priorize psicoterapia: ausência de lesão, sintomas que aparecem em situações de estresse, bloqueios emocionais, crises de ansiedade ligadas à vida sexual.
  • Considere ambos: sintomas que começaram físicos e depois viraram medo, vergonha, afastamento do parceiro, sensação de incapacidade, frustração recorrente.

Mesmo estudos que reforçam o papel da fisioterapia, como a revisão da Acta Fisiátrica, reconhecem que não há consenso sobre o tratamento ideal para cada mulher e que cada caso exige personalização. Assim, o cuidado integral, que vai além do sintoma físico, já faz parte do olhar diferenciado da Dra. Andressa Soares na condução dos seus tratamentos.

Conclusão: você não está sozinha

Muitas mulheres carregam o peso silencioso da dor sexual, acreditando que é uma sentença ou até mesmo um “castigo” pessoal. Não é. A boa notícia é que há caminhos possíveis, alguns já bem reconhecidos pela ciência, outros em pleno desenvolvimento, e todos podem ser combinados para devolver liberdade, autoestima e qualidade de vida.

O diagnóstico compartilhado, o acolhimento e a personalização fazem toda a diferença. Projetos com a abordagem da Dra. Andressa Soares mostram que cuidar da saúde íntima vai muito além dos sintomas — trata também de autoestima, empoderamento e liberdade. O primeiro passo ainda é o mais importante: buscar ajuda, sem culpa e sem vergonha.

Falar sobre dor sexual é romper o silêncio e dar voz ao seu corpo.

Se identificou? Agende uma avaliação, conheça nossos tratamentos de fisioterapia pélvica e permita-se viver relações com mais prazer e bem-estar. Descubra mais sobre nosso projeto e suas soluções para a dor sexual feminina.

Perguntas frequentes

O que é dor sexual feminina?

Dor sexual feminina, também chamada de dispareunia, refere-se ao desconforto, dor ou sensação de ardor que acontece durante ou após a relação sexual. Pode ser superficial, profunda, contínua ou aparecer em situações específicas. Suas causas envolvem fatores físicos — como tensão muscular, cicatrizes, inflamações — ou emocionais, como ansiedade e traumas.

Como a fisioterapia pode ajudar na dor sexual?

A fisioterapia pélvica atua reabilitando os músculos do assoalho pélvico, melhorando a função muscular e relaxando áreas contraídas. Usando técnicas como cinesioterapia, eletroterapia e liberação miofascial, o objetivo é reduzir dor, devolver o controle voluntário dos músculos, melhorar o fluxo sanguíneo e reestabelecer o prazer sexual. Estudos como a revisão sistemática na Revista Médica de Minas Gerais comprovam sua eficácia em muitos quadros, especialmente quando a dor tem causa física.

Psicoterapia funciona para dor sexual?

Psicoterapia pode ser fundamental, principalmente quando a dor tem origem emocional. Ela ajuda a identificar gatilhos, tratar traumas, desconstruir tabus e melhorar a autoestima e o diálogo com o parceiro. Psicoterapias focadas em sexualidade — como a cognitivo-comportamental — apresentam bons resultados, inclusive em casos sem lesão física aparente, conforme indicam revisões como a da ReP USP.

Fisioterapia ou psicoterapia: qual escolher?

A decisão depende da origem do sintoma. Quadros com alteração física costumam responder melhor à fisioterapia. Se a dor não tem explicação física, emoções e traumas podem estar envolvidos e a psicoterapia será a escolha inicial. Mas, na maioria dos casos, a combinação entre fisioterapia e psicoterapia traz benefícios ainda maiores, pois trata corpo e mente juntos.

Quanto custa tratamento para dor sexual?

O custo pode variar bastante conforme a complexidade, tempo de tratamento e a necessidade de uma ou mais abordagens. Sessões de fisioterapia pélvica costumam ser semanais; psicoterapia pode ser semanal ou quinzenal. O valor também depende do profissional ou clínica escolhidos. No projeto da Dra. Andressa Soares, há avaliações individualizadas e orientações sobre o melhor plano de atendimento.

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    Sobre

    Dra Andressa Soares
    Fisioterapeuta Andressa Soares - Fortaleza - Ce

    Fisioterapeuta graduada pela Universidade Federal do Ceará.

    Especialista em Saúde da Mulher e da Criança pela Residência Integrada Multiprofissional da Universidade Federal do Ceará - Maternidade Escola Assis Chateaubriand.

    Mestranda em Saúde da Mulher e da Criança na Linha de Pesquisa em Atenção à Saúde Materna e Perinatal pela Universidade Federal do Ceará.

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