Endometriose e dor na relação: o que você precisa saber

Endometriose e dor na relação: o que você precisa saber

Falar sobre saúde íntima feminina nunca é simples. Mas é necessário. Muitas mulheres convivem com dores profundas e ainda silenciam seus desconfortos por vergonha ou falta de informação. Entre as causas menos compreendidas – e até negligenciadas – está a endometriose, uma condição que afeta a sexualidade, autoestima e os relacionamentos de forma intensa.

Quase toda mulher já ouviu alguém relatar uma dor diferente durante o sexo, mas poucas conseguem ligar esses episódios à endometriose. Este artigo é um convite para quebrar tabus, trazer dados confiáveis e mostrar possibilidades para quem sofre calada.

O que é endometriose e como ela aparece

A endometriose é uma doença caracterizada pela presença de tecido semelhante ao endométrio – aquele que reveste o útero – crescendo fora dele, geralmente nos ovários, trompas e região pélvica. Os sintomas podem aparecer de forma sutil ou intensa, variando de acordo com o local e o avanço das lesões.

Segundo a FEBRASGO, uma em cada dez mulheres em idade fértil tem endometriose no Brasil. O número é alto, mas o diagnóstico costuma demorar anos, porque muita gente acredita que sentir dor é apenas “normal”.

  • Dor pélvica crônica que piora durante a menstruação
  • Dores na relação sexual, especialmente nas penetrações mais profundas
  • Infertilidade ou dificuldade para engravidar
  • Desconforto ao urinar ou evacuar, principalmente nos dias do ciclo menstrual

Essas dores podem ser intensas a ponto de prejudicar a rotina, sendo inclusive o principal motivo que leva à busca por especialistas.

Dor na relação não é normal. Precisa ser investigada.

Quando o sexo passa a ser doloroso

Cerca de 30% a 50% das mulheres com endometriose relatam dor pélvica intensa e infertilidade, de acordo com pesquisas publicadas na SciELO Brasil. A dor durante a relação sexual tem até nome: dispareunia. Em casos de endometriose profunda, um estudo brasileiro mostrou que 71% dessas mulheres sentem dor significativa na penetração.

Na prática, o sexo que deveria ser fonte de prazer vira motivo de ansiedade, medo ou afastamento. E, claro, isso abala o psicológico da mulher. Muitas se sentem sozinhas, incompreendidas ou até questionam sua feminilidade.

Como a endometriose causa dor na relação?

Depende de onde estão as lesões. Se o tecido endometrial cresce atrás do útero, próximo ao reto, bexiga ou ligamentos uterossacros, o ato sexual pode “tocar” exatamente nessas áreas inflamadas, gerando dor quase impossível de suportar.

Além da dor física, tem também a reação ao medo de sentir dor, que faz a musculatura do assoalho pélvico se contrair de forma involuntária. Assim, a dor se alimenta de si mesma.

Desenho ilustrando o contato da pelve feminina durante relação sexual dolorosa. O impacto da endometriose na vida sexual e emocional

Não se trata apenas de desconforto momentâneo. Estudos multicêntricos, como pesquisas realizadas na Áustria e Alemanha, revelam que 32% das mulheres com endometriose desenvolvem disfunção sexual, e 78% apresentam distúrbios sexuais. A dor é tanta que o prazer perde espaço para a preocupação, e até a relação afetiva pode enfraquecer.

Tenho visto isso na prática, acompanhando mulheres como fisioterapeuta pélvica. Elas chegam cabisbaixas, evitando falar da dor. Para algumas, só o exame ginecológico já é motivo de pânico. Outras começam a se afastar do parceiro e carregam culpa ou frustração.

Cuidar da saúde pélvica é também cuidar da autoestima e do prazer.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da endometriose é um caminho com percalços. Normalmente, inicia-se com conversa franca sobre sintomas e histórico médico. Depois, o exame físico e testes de imagem (ultrassom transvaginal com preparo, ressonância magnética) ajudam a localizar lesões – mas nem sempre as pequenas são detectadas. Em casos mais complexos, a videolaparoscopia é utilizada tanto para diagnóstico quanto tratamento.

Muitas mulheres passam anos tentando entender o motivo de suas dores até ouvirem o nome “endometriose”. Por isso, reconhecer sinais de alerta é fundamental para buscar ajuda logo no início.

Sinais de que você deve procurar um especialista

  • Dor pélvica forte que atrapalha suas atividades diárias
  • Relação sexual constantemente dolorosa, que não melhora com lubrificação
  • Menstruação muito dolorosa, acompanhada de náuseas ou desmaios
  • Sangramento fora do período menstrual
  • Dificuldade para engravidar

Esses indícios já justificam uma avaliação médica mais detalhada. E chegam aos consultórios de projetos como o da Dra. Andressa Soares, justamente pela abordagem acolhedora e sem julgamentos, criando espaço seguro para conversas sobre saúde íntima.

Tratamento e cotidiano: o que é possível fazer?

Receber o diagnóstico pode assustar. Mas há caminhos que amenizam – e muito – o sofrimento, especialmente se a estratégia for personalizada e composta por equipe multidisciplinar. O tratamento pode envolver:

  • Acompanhamento ginecológico
  • Terapia medicamentosa (anticoncepcionais, analgésicos, anti-inflamatórios)
  • Cirurgia para remoção das lesões, em casos mais graves
  • Fisioterapia pélvica, que melhora tanto a dor quanto a funcionalidade sexual
  • Psicoterapia, especialmente para lidar com ansiedade, medo e autoestima

Um ponto especial é o cuidado com a musculatura do assoalho pélvico. A fisioterapia atua relaxando e fortalecendo essa região, reduzindo a dor na penetração, melhorando o lubrificante natural e devolvendo confiança para retomar o sexo com prazer. Muitas mulheres descobrem nesse acompanhamento um novo caminho para viver melhor, como nos tratamentos oferecidos pela Dra. Andressa Soares e sua equipe.

Caso queira saber detalhes sobre abordagens eficazes para tratamento de dores da endometriose, já existem recursos que promovem qualidade de vida.

Mulher em sessão de fisioterapia pélvica com profissional. Cuidados no dia a dia e recomendações

  • Mantenha um diário de sintomas para identificar padrões de dor e desencadeantes
  • Adote práticas de autocuidado, como compressas mornas e repouso nos dias mais difíceis
  • Busque acolhimento psicológico, pois a carga emocional pode ser grande
  • Não menospreze a dor: conversar abertamente sobre o problema faz parte da solução
  • Considere procurar fisioterapia pélvica para ampliar o bem-estar íntimo

O papel da fisioterapia pélvica no alívio da dor

É muito comum os músculos da pelve ficarem tensos ou fracos após anos convivendo com dor. A fisioterapia – como realizada pela Dra. Andressa Soares e detalhada nos tratamentos de dispareunia, dor na relação pós-parto, vaginismo ou vulvodínia – atua exatamente nesse ponto: devolve mobilidade, reduz inflamação, trabalha o relaxamento e resgata o prazer perdido.

  • Cinesioterapia para relaxar musculatura dolorida
  • Técnicas manuais específicas para melhorar a circulação pélvica
  • Educação sexual para superar o medo do contato físico
  • Orientação sobre posturas, cuidado com hidratação e fortalecimento global

Pode parecer repetitivo, mas a associação do tratamento clínico, psicoterapia e fisioterapia é o que mais traz resultados consistentes. O diálogo aberto e o apoio multiprofissional transformam o cotidiano e criam esperança para quem convivia apenas com limitações.

Conclusão: busque informação e apoio

Viver com endometriose não é uma sentença de sofrimento. Mas tentar enfrentar esse desafio sozinha pode tornar tudo mais difícil. O conhecimento, a busca por acolhimento e a escolha de profissionais atualizados fazem toda diferença. Projetos como o da Dra. Andressa Soares mostram que é possível falar de dor sem tabu, que existe tratamento e qualidade de vida para quem enfrenta a endometriose.

Se você ou alguém próximo sente dores na relação sexual, não ignore. Procure apoio especializado, leia mais sobre o tema e considere conhecer nossos tratamentos de fisioterapia pélvica. Sua liberdade íntima e bem-estar merecem prioridade. Agende uma avaliação e dê o primeiro passo para resgatar sua qualidade de vida, autoestima e prazer!

Perguntas frequentes

O que é endometriose?

A endometriose é uma doença inflamatória crônica em que o tecido semelhante ao endométrio cresce fora do útero, podendo atingir ovários, trompas e ligamentos pélvicos. Pode causar dor pélvica, menstruação intensa, dificuldade para engravidar e desconforto durante relações sexuais.

Por que a endometriose causa dor na relação?

A dor ocorre porque as lesões podem infiltrar estruturas sensíveis do abdome e pelve, como ligamentos uterinos e o reto. O atrito durante o sexo agrava essa inflamação e pode irritar a musculatura do assoalho pélvico, criando um ciclo de tensão e dor.

Como aliviar a dor durante a relação?

Algumas medidas ajudam: conversar com o parceiro, buscar posições mais confortáveis, investir em lubrificantes e, principalmente, procurar acompanhamento especializado. A fisioterapia pélvica pode atuar diretamente no relaxamento e fortalecimento muscular, melhorando a experiência sexual.

Quais tratamentos existem para dor na relação?

O tratamento é sempre personalizado, mas inclui medicação para controlar dor e inflamação, fisioterapia pélvica, psicoterapia e, em casos graves, cirurgia. O trabalho multidisciplinar amplia as chances de bons resultados.

Endometriose tem cura?

Não existe “cura” definitiva, mas é possível controlar os sintomas e alcançar qualidade de vida. Com suporte médico, fisioterapia e cuidados contínuos, muitas mulheres vivem bem, com poucos ou nenhum sintoma incapacitante.

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    Sobre

    Dra Andressa Soares
    Fisioterapeuta Andressa Soares - Fortaleza - Ce

    Fisioterapeuta graduada pela Universidade Federal do Ceará.

    Especialista em Saúde da Mulher e da Criança pela Residência Integrada Multiprofissional da Universidade Federal do Ceará - Maternidade Escola Assis Chateaubriand.

    Mestranda em Saúde da Mulher e da Criança na Linha de Pesquisa em Atenção à Saúde Materna e Perinatal pela Universidade Federal do Ceará.

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